NATERRADOSOUTROS foi rumo a Paraty para conhecer algumas praias pela BR-101, desta vez descemos pela rodovia Oswaldo Cruz com suas curvas acentuadas aumentando a adrenalina da aventura!
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A rodovia liga Taubaté à Ubatuba |
A rodovia Oswaldo Cruz foi construída a partir de trilhas indígenas, em meados de 1932 ela foi alargada e pavimentada com pedras pelos presidiários da Ilha Anchieta. Entre 1971 e 1979 foram feitas diversas melhorias e hoje é uma das vias para quem mora em Taubaté e região para chegar as praias de Ubatuba.
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Seu trecho de serra vai do km 78 ao km 86 dentro do Parque estadual da Serra do Mar |
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O trecho de serra tem um declive muito grande e curvas muito sinuosas |
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Uma parada na lanchonete Aguatuba, um mirante no alto da serra para fotos. |
De Ubatuba pegamos a BR-101 e mais alguns quilômetros já avistamos Paraty.
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Chegando a Paraty uma parada para uma foto da cidade |
Chegando na cidade seguimos direto para a casa onde alugamos um quarto, é uma opção barata que as vezes vale a pena.
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Essa é a casa da Lili que aluga seu quarto com suite |
Desta vez viemos a Paraty em busca das praias ao longo da rodovia Rio-Santos e logo cedo já pegamos a estrada e paramos na "Prainha" em busca de algum passeio nas ilhas, dali levam para a ilha do Araújo, porém o preço estava meio salgado e desistimos.
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Prainha e logo a frente a ilha do Araújo |
Continuamos pela rodovia até a praia do Cão Morto, deixando o carro na beira da rodovia e andando alguns metros até a praia, lá também sai barcos para algumas ilhas, mas ficamos por ali mesmo curtindo o sol e a água mansa do local.
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Praia do Cão Morto |
De volta a estrada por mais alguns quilômetros chegamos a Tarituba, uma vila de pescadores com alguns bares na beira da praia e mar calmo, mais um lugar para relaxar principalmente fora da temporada de férias.
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Tarituba, uma vila de pescadores com mar calmo e bares na beira da praia |
Já era o final da tarde e estávamos voltando quando resolvemos fazer uma última parada na praia de São Gonçalinho, bem perto da rodovia, lá tem o bar Duzé e é muito tranquilo, ficamos ali vendo o sol se esconder entre as árvores e a Claudia aproveitou para nadar um pouco, mas a água fria não me entusiasmou a entrar não, rsrsrsrsrs!
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As águas calmas de Gonçalinho |
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Terminamos o dia aproveitando Gonçalinho |
A noite aproveitamos um pouco a cidade de Paraty e sua vida noturna, primeiro fomos ao CaféParaty, um barzinho muito legal com MPB ao vivo, porém o cardápio estava um pouco salgado e após uma cerveja artesanal muito gostosa, aí acabamos comendo mesmo no Pastelonni, uma pastelaria do outro lado da ponte do centro histórico famosa pelo pastel de 30cm saboroso e bem recheado. Mais umas voltas pelas ruas de pedra e voltamos para casa, precisamos descansar porque temos mais praias para amanhã.
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Café Paraty, um lugar muito legal, tava vazio porque era cedo ainda |
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Pastel de 30cm bem recheado |
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Noite de Paraty |
Pela manhã, após um café na padaria fomos rumo a Angra dos Reis, depois de uns quarenta quilômetros pela BR-101 com lindas paisagens resolvemos parar em Mambucaba e entramos numa vila residencial para conhecer a praia, antes da vila era conhecida como praia da Parada. A praia da vila não tem nada demais, então resolvemos atravessar umas pedras dos lado direito da praia e chegamos a praia do Coqueiro que antigamente chamava-se Batanguera. Essa sim merece destaque, em meia lua, pedras formando piscinas naturais, amendoeiras e um sossego maravilhoso.
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A paisagem maravilhosa da Rio-Santos |
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Um litoral salpicado de ilhas para conhecer |
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Praia do coqueiro é espetacular |
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Piscinas naturais deliciosas |
Saindo da praia, continuamos rumo a Angra e paramos na Vila Histórica de Mambucaba que no
final do século XVIII ao XIX foi importante porto exportador de café e importador de escravos para o Vale do Paraíba, com isso a vila ganhou um casario significativo durante a época áurea do café, tendo um teatro e uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário, com a decadência do porto, após a ligação ferroviária entre São Paulo e Rio em 1872, passou por décadas de abandono e letargia econômica, em 1968 a vila foi tombada pelo IPHAN, Chegamos lá e não exploramos o local portanto não podemos dar uma nota para o lugar, mas tentamos almoçar na praia porém como não apareceu ninguém para atender nós desistimos e continuamos na estrada, queríamos chegar em Angra e ver como fazia para chegar em Ilha Grande.
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Praia da Vila Histórica de Mambucaba |
No caminho ainda paramos na praia do Frade, é um bairro de Angra cheio de marinas e na praia algumas canoas e barcos de pescadores, após uma fotos, pé na estrada novamente.
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Praia do Frade |
Chegando em Angra, um trânsito congestionado e difícil, achamos um local de informações turísticas e descobrimos que para chegar a Ilha Grande havia duas maneiras de barca e de lancha, para ir de barca era por volta de 16 reais e uma hora e meia de viagem porém tinha somente um horário de 15:30hs e já eram mais de quatro da tarde e a volta é dez da manhã, ou seja, teríamos que dormir lá, já de lancha tinha de hora em hora até as seis da tarde, porém eram 50 reais e a última volta era também as seis, então como não estávamos preparados para dormir lá, desistimos do passeio, fica para uma próxima. Na volta para Paraty resolvemos fazer uma parada na praia Brava onde fica uma vila residencial muito legal do pessoal que trabalha na usina nuclear, para entrar passamos pela portaria com soldados do exército que tomam conta do local.
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Vila Residencial da Praia Brava |
Após algumas fotos depois estamos novamente na Rio-Santos e agora uma parada que vale a pena todo mundo fazer, já chegando em Paraty tem a Toca do Pastel, comemos pastéis especiais de frutos do mar e uma garapa geladinha, mas o que tira o fôlego é a paisagem de lá!
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Vista da Toca do Pastel |
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Saboreamos um pastel delicioso com essa vista maravilhosa |
Ao chegar, um bom banho, uma volta no centro e dormir, porque a próxima aventura é para o sul de Paraty.
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Mais uma noite de Paraty |
Dia 16 de setembro de 2017, agora vamos rumo a Ubatuba curtir algumas praias de Paraty e para começar entramos no trevo de Paraty Mirim. Depois de uns dez quilômetros pela Rio-Santos tem a entrada para Paraty-Mirim, são sete quilômetros de estrada ora de terra ora não, no caminho tem a sede da aldeia indígena Guarani de Tekon Tatim, onde é possível comprar artesanato. Chegando na praia é necessário deixar num estacionamento e pagar dez reais, lá existem umas construções do século XVIII, época em que o local era muito usado como desembarque de escravos que iam para o Vale do Paraíba, entre elas a Capela Nossa Senhora da Conceição edificada em 1720 porém benta apenas em 8 de dezembro de 1746, nessa igreja existe uma curiosidade, ela não tem torre e o sino foi colocado na parede lateral numa viga de pedra. Ao lado da capela uma construção completamente invadida pela natureza que traz oportunidades de fotos incríveis. A infra do local é precária, com dois ou tres trailers que servem bebidas e petiscos, a praia é numa enseada de mar calmo e paisagem deslumbrante, no canto esquerdo um rio que deságua no mar, um lugar mágico.
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Capela Nossa Senhora da Conceição |
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As ruínas se integraram a natureza e as raízes surgem nas paredes que restaram de pé |
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O rio desaguando no mar |
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Uma praia linda com mar calmo |
Perto da hora do almoço resolvemos continuar nossa aventura e fomos em direção a Trindade, após alguns quilômetros chegamos ao trevo do Patrimônio onde tem a entrada para a estrada asfaltada e muito sinuosa que leva até a vila. Quando eu pensava em Trindade me vinha na cabeça um lugar tranquilo, cheio de hippies e nos anos 70 o local era assim mesmo, já nos anos 80 havia muita procura de pessoas que gostavam de acampar e surfar nas ondas da primeira praia, mas desde os anos 90 o turismo tomou conta do lugar e agora é uma vila cheia de lojas de artesanato e restaurantes.
Por se tratar de um sábado, o local estava abarrotado, muita gente na estreita rua disputanto espaço com os carros e até com o ônibus urbano que chegava trazendo mais gente ainda, chegamos a praia do rancho mais perto da vila e praticamente não havia como caminhar de tanta gente, resolvemos ir a praia do meio e estava mais lotada ainda, então pegamos uma trilha para a praia do cachadaço, depois de uns minutos de subidas e descidas chegamos, era um pouco mais vazia, mas para quem gosta de sossego ainda não estava bom e convenci a Claudia a pegar outra trilha para chegar as piscinas naturais do cachadaço, no meio da mata novamente andamos uns 20 minutos até chegar e para minha surpresa, tava lotada! É um lugar muito legal, com grandes pedras e as piscinas, ficamos lá um pouco nos espremendo sobre as pedras e voltamos um pouco desiludidos por não encontrar a paz que procurávamos.
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Trilha para o Cachadaço |
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Praia do Cachadaço |
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Piscinas naturais do Cachadaço depois de nova trilha |
Ao chegar na vila escolhemos um dos inúmeros restaurantes e saboreamos um belo peixe, estava muito bom! Depois de passar em algumas lojas de artesanato resolvemos voltar, ainda paramos na primeira praia, do cepilho, e subimos nas pedras para admirar o mar batendo forte nas pedras escutando uma música boa que vinha de um restaurante ali perto. No fim da tarde fomos de volta para Paraty e encerramos o dia.
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O mar e as pedras, a natureza dando seu espetáculo |
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Praia do Cepilho |
Dia 17 de setembro de 2017, depois de um sábado com praia lotada em Trindade a ideia era passar um domingo tranquilo, então fomos até a praia do Cão Morto procurar um passeio numa ilha. A ideia era ir na Ilha do Pelado que tinha sido recomendada numa loja local, porém os barqueiros não estavam fazendo passeio para lá e acabamos indo para a Ilha do Cedro.
Uma ilha muito legal, uma praia belíssima, com água cristalina, piscinas naturais e dois restaurante, haviam poucas pessoas e ficamos curtindo a piscina natural que se forma nas pedras do lado direito da praia, depois de nadar e aproveitar bastante pegamos uma trilha do lado direito para outra praia, chegando lá era outra maravilha, apenas uma família fazendo churrasco e sossego completo. Na hora que bateu a fome voltamos para a primeira praia e comemos um peixe delicioso no bar da Dita, era o meio da tarde e após descansar debaixo das amendoeiras voltamos para o continente.
Na volta paramos no "Paraty Sport Aventura", um lugar muito legal onde dá para fazer tirolesa, arvorismo e caiaque no rio, mas infelizmente depois das quatro não tinha como fazer nenhuma aventura, deixamos para a próxima. Chegamos a cidade no fim da tarde e demos uma volta até a praia do Jabaquara e depois a praia do Pontal, fomos até as pedras e ficamos admirando um lindo pôr do sol no nosso último dia de Paraty.
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A beleza da praia do Cedro |
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Lugar delicioso para nadar |
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Trilha para praia do Canto |
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Praia do Canto |
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Aguardando a pescaria |
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Bar da Dita onde comemos um peixe delicioso |
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Esta aventura vai ficar para a próxima |
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Lindo pôr do sol para encerrar a aventura em Paraty |
A próxima parada será Monte Verde que mostraremos no próximo post!