domingo, 3 de fevereiro de 2019

Serras de Santa Catarina




Agora pé na estrada que é hora de uma nova aventura, subir a "Serra do Rio do Rastro". Pegamos a BR101 em direção a Tubarão e depois a SC390 em direção a Lauro Müller que é a cidade antes da serra. O começo tudo tranquilo porém o tempo não estava ensolarado, paramos num mirante e tiramos algumas fotos mas estávamos ainda bem no começo, logo depois uma loja e mais uma parada.
O começo da Serra do Rio do Rastro
A esta altura a neblina já começava a descer sobre a estrada e a visibilidade diminuía, eu já peguei muita cerração na serra entre São Paulo e Santos onde morava mas para a Claudia aquilo era novidade o que a deixou preocupada.
A neblina ficava cada vez maior
Conforme subíamos as curvas ficavam mais acentuadas e a neblina ficava maior, chegamos a uma fila e carros andando bem devagar e vi que tinha um caminhão mais a frente subindo, não sei como deixam subir caminhões, em alguns trechos é impossível fazer a curva e eles tem que ficar manobrando, teve uma hora que tudo parou, sem enxergar nada apenas quando voltou a andar percebi que havia um outro caminhão descendo e provavelmente haviam se enroscado em alguma curva. Parecia que a subida não ia acabar, quando achei um outro mirante e paramos um pouco, nesse mirante existe um monumento aos tropeiros e uma cachoeira do outro lado da pista, provavelmente deve ter uma vista espetacular de lá, porém a neblina só permitia enxergar alguns metros, então após esticar um pouco as pernas e tirar algumas fotos voltamos para a estrada.
Monumento ao Tropeiro
Ainda tivemos que esperar um caminhão que estava descendo manobrar a última curva e finalmente chegamos ao planalto mas não enxergava nada na minha frente, a neblina só começou a dissipar perto da cidade de Bom Jardim da Serra e não vimos nem a entrada para o mirante do alto da serra.
Bom Jardim da Serra
Depois dessa adrenalina toda paramos na cidade para conhecer e tirar algumas fotos, depois de tanta adrenalina resolvemos acabar de chegar, nosso destino era Urubici a 72km continuando pela SC390 até o entroncamento com a SC110, o tempo já estava limpo e a viagem foi bastante sossegada. Muitas curvas depois chegamos ao mirante da cidade e pudemos ver uma cidade pequenininha com jeito aconchegante, logo chegamos a Pousada Casa da Serra, uma casa muito aconchegante com uma lareira na sala e poucos quartos num ambiente bem familiar onde fomos super bem recebidos pela anfitriã.
Mirante de Urubici

Pousada Casa da Serra muito bacana e aconchegante
O dia não havia acabado então dava tempo para mais um passeio e fomos conhecer a Cascata do Avencal voltando pela SC110 até a altura do quilômetro 34 onde entramos a direita numa estradinha de terra, logo chegamos a entrada da Quedas do Avencal e pagamos 10 reais para ir até o mirante, segundo a pessoa que estava lá estão em reforma e ali vai funcionar um restaurante e outras atividades. A vista do mirante é muito legal e tiramos bastante fotos, se tivéssemos ido um pouco mais a frente teríamos achado o Parque Cascata do Avencal onde tem tirolesa, trilhas e passeio a cavalo, mas como já estava no final do dia deixamos para outra oportunidade.

Voltamos a cidade morrendo de fome e na avenida principal Av. Adolfo Konder conhecemos o Bodegão da Serra onde tomamos um belo chocolate quente com Waffle e empada, o lugar é aconchegante, muito bacana com loja e adega junto com alguns ambientes diferentes do restaurante.

Igreja de Urubici
Ainda tiramos algumas fotos na praça da igreja, aliás uma igreja um pouco diferente das tradicionais e fomos descansar na lareira da sala da pousada até a hora de dormir.


Dia 21/09 O Café da manhã não é tão farto quanto o da pousada de Navegantes, porém tem um salame e um pão de milho divinos. Pé na estrada que temos muito para conhecer, começamos em direção a Serra do Corvo Branco e paramos a 10km do centro na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, uma gruta natural cercada por paredões na qual desde 1944 existe a imagem de Nossa Senhora de Lourdes que ainda conta com uma queda d'água com mais de dez metros de altura que completa o encanto desse belíssimo local.









Visão de dentro da Gruta
Continuando pela SC370 chega uma hora que o asfalto acaba e a estrada fica mais complicada mas conseguimos chegar ao início da Serra do Corvo Branco, essa é a ligação de Urubici e Grão Pará porém não existe conservação da estrada como na do Rio do Rastro, porém ainda existem alguns veículos (inclusive caminhões) que arriscam a descida pois para chegar em Grão Pará por ali são 56Km e pelo caminho melhor é 210km. A serra é linda, os paredões, as curvas acentuadas e o visual lá de cima é fantástico, vale a pena caminhar um pouco pela estrada para apreciar e tirar fotos. Lá haviam muitos motoqueiros que devem se aventurar nessa descida.






As curvas do Corvo Branco

O paredões fantásticos

Visual magnífico
Ainda tínhamos mais atrações no dia e não podíamos perder tempo, eu queria ir ao Morro da Igreja mas está fechado e não podemos visitar, mas fomos a Cascata Véu de Noiva com uma queda de 62 metros e uma boa infra-estrutura, o lugar é muito bonito e dá excelentes fotos.
Cascata Véu da Noiva
Após conhecer um pouco das atrações de Urubici ainda tínhamos dois compromissos, como o tempo estava bom queríamos voltar ao mirante da Serra do Rio do Rastro e às 16hs tínhamos agendado uma visita a uma vinícola em São Joaquim. Na estrada por mais 100kms e chegamos ao mirante, a estrutura é ótima com lanchonete, restaurante e lojas, além de um enorme estacionamento, no dia anterior passamos por lá e não conseguimos ver nada por causa da neblina, mas agora com o tempo limpo pudemos perceber a beleza da estrada e da paisagem magnífica que a natureza nos reservou.
Mirante da Serra do Rio do Rastro
A linda vista do mirante
A estrutura do mirante é excelente
Aproveitamos para almoçar na lanchonete do mirante e fomos para a estrada novamente, senão não chegaríamos a tempo para a visita na vinícola, foram mais 60Km pela CS390 cruzando São Joaquim até a Vinícola Francioni, chegando lá fomos recebidos pelo guia que nos mostrou o prédio e contou a história da vinícola, uma construção belíssima em seis níveis para favorecer o fluxo gravitacional do vinho durante as etapas de produção que termina num adega escavada numa pedra com grandes barris, um lugar magnífico que tem uma história triste já que o fundador Dillor Freitas (dono da Cerâmicas Cecrisa) morreu em 2004, três meses após o término das obras, antes que as primeiras garrafas de vinho fossem produzidas. Após a visita tivemos a degustação dos vinhos da propriedade que são todos secos, como não sou expert em vinhos e gosto mais de vinho suave a degustação não atraiu muito meu paladar, mas foi uma visita bem interessante a um lugar muito elegante e bonito.
Portal da vinícola
O prédio é fantástico
No final da visita chegamos ao último nível onde ficam os barris de carvalho
Hora de voltar para Urubici, tentamos voltar a tempo de ver o pôr do sol no Morro do Campestre como haviam recomendado, mas infelizmente não conseguimos, depois de um banho na pousada fomos na pizzaria Rota da Neve que fica na avenida principal, para fechar o dia ficamos um pouco na lareira da pousada.
Dia 22/09 Último café da manhã na Serra Catarinense, antes da aventura fomos na padaria comprar o delicioso pão de milho que experimentamos na pousada e também no "Açougue do Alemão" para comprar um salame fantástico e barato, R$20,00 o kilo, após as comprar fomos em mais dois pontos turísticos da região. 
Açougue do Alemão, vale a propaganda, o salame barato e delicioso
Primeiro uma parada para ver umas inscrições rupestres no começo da rodovia para São Joaquim, está sendo construído uma passarela para os turistas que termina num mirante que dá pra ver a cascata do Avencal ao longe, por enquanto não estão cobrando nada para visitação.
Estão montando uma estrutura legal para visitar as inscrições rupestres
De longe tem a vista da Cascata do Avencal
Zoom na cascata
Após algumas fotos partimos para o último lugar que visitamos antes da partida, o Morro do Campestre ou Morro da Cruz onde no dia anterior não conseguimos subir porque já estava anoitecendo, ele está numa fazenda particular e tem a cobrança de R$10,00 para visitação.
Uma vista sensacional na subida
Vista do outro lado do morro
Após uma subida numa estrada de terra meio esburacada até certo ponto paramos o carro e subimos o restante a pé, para quem tem um carro 4x4 dá pra chegar mais perto, o topo tem uma formação rochosa de arenito a 1.380 metros de altura, lá de cima vemos o Vale do Rio Canoas com um visual fantástico e a pedra furada que é um local de muitas fotos legais.
Curtindo o visual

A pedra furada


Subindo um pouquinho mais
Urubici vai deixar saudades
Hora de colocar o pé na estrada e ir rumo a capital catarinense, vamos a Floripa!

Pensamentos

Pensamentos